RACISMO
O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar
em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas
distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns
indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e
determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são
superiores a outros. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de
opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças
biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos
outros de acordo com sua matriz racial. A crença da existência de raças
superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a
escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que
ocorreram durante toda a história da humanidade
Etnocentrismo
O etnocentrismo é a atitude pela qual um
indivíduo ou um grupo social, que se considera o sistema de referência, julga
outros indivíduos ou grupos à luz dos seus próprios valores. Pressupõe que o
indivíduo, ou grupo de referência, se considere superior àqueles que ele julga,
e também que o indivíduo, ou grupo etnocêntrico, tenha um conhecimento muito
limitado dos outros, mesmo que viva na sua proximidade.
Relativismo cultural
Princípio que afirma que todos os sistemas
culturais são intrinsecamente iguais em valor, e que os aspectos
característicos de cada um têm de ser avaliados e explicados dentro do contexto
do sistema em que aparecem.
A comunidade Hippie é um exemplo de relativismo
cultural, são respeitados pela sociedade e respeitam-na, mas não vivem segundo
os seus costumes e ideais, e vivem sem seguir as tendências da sociedade.
Interculturalismo
O interculturalismo consiste em pensar
que nós nos enriquecemos através do conhecimento de outras culturas e dos
contactos que temos com elas e que desenvolvemos a nossa personalidade ao
encontrá-las. As pessoas diferentes deveriam poder viver juntas apesar de terem
culturas diferentes. O interculturalismo é a aceitação e o respeito pelas
diferenças. Crer no interculturalismo é crer que se pode aprender e enriquecer
através do encontro com outras culturas.
O mito da democracia racial
A questão racial, pobreza e emprego no
Brasil
O Estado
brasileiro historicamente empreendeu esforços para construir e manter a imagem
de um país onde existe harmonia nas relações entre negros e brancos, mesmo no
período do escravismo.
Esta é uma das razões pelas quais a obra de Gilberto Freyre é muito famosa dentro e fora do país. A negação do preconceito e das práticas discriminatórias enraizou-se profundamente na história das relações raciais brasileiras, convivendo de maneira tensa com indicadores dramáticos de desigualdades raciais. Gilberto Freyre foi um dos principais defensores da idéia de que, no Brasil, a escravidão teria sido “suave e amena”, que os escravos eram “dóceis e passivos”, e os senhores, “generosos e afetuosos” em relação a eles (Freyre, 2000).
Por conta desse mito da “democracia racial”, a Unesco, em 1950, dentro de um programa de eliminação do racismo no mundo desenvolvido , encomendou alguns estudos a cientistas para descobrirem a “fórmula” brasileira para essa harmonia entre as raças.
Esses estudos terminaram por revelar, justamente, a face das desigualdades raciais na sociedade brasileira. A partir daí, começou a mudar a imagem das relações entre negros e brancos no Brasil.
Um grupo de intelectuais, entre os quais estavam Florestan Fernandes, Roger Bastide, Otavio Ianni e Fernando Henrique Cardoso, desenvolveu esses estudos, procurando contextualizar a situação do trabalhador negro e iniciando um processo de desmistificação da ideologia da democracia racial brasileira.
Esta é uma das razões pelas quais a obra de Gilberto Freyre é muito famosa dentro e fora do país. A negação do preconceito e das práticas discriminatórias enraizou-se profundamente na história das relações raciais brasileiras, convivendo de maneira tensa com indicadores dramáticos de desigualdades raciais. Gilberto Freyre foi um dos principais defensores da idéia de que, no Brasil, a escravidão teria sido “suave e amena”, que os escravos eram “dóceis e passivos”, e os senhores, “generosos e afetuosos” em relação a eles (Freyre, 2000).
Por conta desse mito da “democracia racial”, a Unesco, em 1950, dentro de um programa de eliminação do racismo no mundo desenvolvido , encomendou alguns estudos a cientistas para descobrirem a “fórmula” brasileira para essa harmonia entre as raças.
Esses estudos terminaram por revelar, justamente, a face das desigualdades raciais na sociedade brasileira. A partir daí, começou a mudar a imagem das relações entre negros e brancos no Brasil.
Um grupo de intelectuais, entre os quais estavam Florestan Fernandes, Roger Bastide, Otavio Ianni e Fernando Henrique Cardoso, desenvolveu esses estudos, procurando contextualizar a situação do trabalhador negro e iniciando um processo de desmistificação da ideologia da democracia racial brasileira.
Apartheid
O termo
apartheid se refere a uma política racial implantada na África do Sul. De
acordo com esse regime, a minoria branca, os únicos com direito de voto,
detinham todo poder político e econômico no país, enquanto à imensa maioria
negra restava a obrigação de obedecer rigorosamente a legislação
separatista.
A política de segregação racial foi oficializada em 1948, com a chegada do Novo Partido Nacional (NNP) ao poder. O apartheid não permitia o acesso dos negros às urnas, além de não poderem adquirir terras na maior parte do país, obrigando os negros a viverem em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico. Casamentos e relações sexuais entre pessoas de diferentes etnias também eram proibidos.
A oposição ao apartheid teve início de forma mais intensa na década de 1950, quando o Congresso Nacional Africano (CNA), organização negra criada em 1912, lançou uma desobediência civil. Em 1960, a polícia matou 67 negros que participavam de uma manifestação. O Massacre de Sharpeville, como ficou conhecido, provocou protestos em diversas partes do mundo. Como consequência, a CNA foi declarada ilegal, seu líder, Nelson Mandela, foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua.
A política de segregação racial foi oficializada em 1948, com a chegada do Novo Partido Nacional (NNP) ao poder. O apartheid não permitia o acesso dos negros às urnas, além de não poderem adquirir terras na maior parte do país, obrigando os negros a viverem em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico. Casamentos e relações sexuais entre pessoas de diferentes etnias também eram proibidos.
A oposição ao apartheid teve início de forma mais intensa na década de 1950, quando o Congresso Nacional Africano (CNA), organização negra criada em 1912, lançou uma desobediência civil. Em 1960, a polícia matou 67 negros que participavam de uma manifestação. O Massacre de Sharpeville, como ficou conhecido, provocou protestos em diversas partes do mundo. Como consequência, a CNA foi declarada ilegal, seu líder, Nelson Mandela, foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua.
Nelson
Mandela
Com o fim do
império português na África (1975) e a queda do governo de minoria branca na
Rodésia, atual Zimbábue (1980), o domínio branco na África do Sul entrou em
crise. Esses fatos intensificaram as manifestações populares contra o
apartheid. A Organização das Nações Unidas (ONU) tentou dar fim à política
praticada no país. O presidente Piter Botha promoveu reformas, mas manteve os principais
aspectos do regime racista.
Com a posse de Frederick de Klerk na presidência, em 1989, ocorreram várias mudanças. Em 1990, Mandela foi libertado, e o CNA recuperou a legalidade. Klerk revogou as leis raciais e iniciou o diálogo com o CNA. Sua política foi legitimada por um plebiscito só para brancos, 1992, no qual 69% dos eleitores (brancos) votaram pelo fim do apartheid.
Klerk e Mandela ganharam o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Em abril de 1994, Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul nas primeiras eleições multirraciais do país.
O Parlamento aprovou a Lei de Direitos Sobre a Terra, restituindo propriedades às famílias negras atingidas pela lei de 1913, que destinou 87% do território à minoria branca.
As eleições parlamentares de 1999 foram vencidas pelo candidato indicado por Nelson Mandela, Thabo Mbeki, descartando qualquer tentativa de retorno a uma política segregacionista no país.
Com a posse de Frederick de Klerk na presidência, em 1989, ocorreram várias mudanças. Em 1990, Mandela foi libertado, e o CNA recuperou a legalidade. Klerk revogou as leis raciais e iniciou o diálogo com o CNA. Sua política foi legitimada por um plebiscito só para brancos, 1992, no qual 69% dos eleitores (brancos) votaram pelo fim do apartheid.
Klerk e Mandela ganharam o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Em abril de 1994, Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul nas primeiras eleições multirraciais do país.
O Parlamento aprovou a Lei de Direitos Sobre a Terra, restituindo propriedades às famílias negras atingidas pela lei de 1913, que destinou 87% do território à minoria branca.
As eleições parlamentares de 1999 foram vencidas pelo candidato indicado por Nelson Mandela, Thabo Mbeki, descartando qualquer tentativa de retorno a uma política segregacionista no país.
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